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terça-feira, 1 de março de 2011

Vivendo o que não foi vivido.


Imagem extraída Google

   Dona Amélia já é uma velha, casada com Moacir um velho rabugento nascido em Assis. Casados a quarenta e nove anos, prestes a fazer suas bordas de ouro, eram pais de cinco filhos e avós de 10 netos, uma família muito linda e unida.
    Dona Amélia a vida inteira dizia só estar junto com seu Moacir por causa dos filhos, já seu Moacir dizia estar com sua velha por causa de seu sogro que quando jovem obrigou os dois a casar sob a mira de uma velha carabina, e sempre dizia que os dois não combinam. Seu Moacir, de pedreiro construiu seu império, com suor e muita comida feita pela sua “Veinha”, jamais faltou comida e roupa lavada na casa em que Dona Amélia governava, uma casa grande construída por seu Moacir com muita dificuldade, dificuldade que os dois passaram juntos de cabeça erguida, sem jamais demonstrar fraqueza um a outro e nenhuma palavra de afeto entre eles, sempre naquele dilema “Me atura que eu te aturo”.
    Anos se passaram seus filhos casaram o sogro de Moacir a Terra já não habitava, e não tinha o porque dos dois estarem juntos, se um não suportava o outro... No dia do aniversário de cinquenta anos de casamento, os filhos programaram uma festa para eles, seria em casa mesmo, tudo muito simples. Na hora da festa Seu Moacir rabugento como sempre, foi resmungando, sem colocar roupa de festa e nada, Dona Amélia meio sem saber o que fazer foi... Afinal a comida foi ela mesma quem preparou. A festa foi assim, cada velho de um lado da sala grande. O combinado foi cumprido, os filhos foram saído de fininho e a hora que os dois ficaram juntos, no telão passou cena da vida dos dois, no começo da construção, os filhos criança, a única viajem a praia e tudo mais... Os “Veinho” entre olharam, e não falaram nada, mas no rosto dos dois estava uma lágrima escorrendo e logo se juntaram assim que o abraço afetivo saiu depois de cinquenta anos o amor foi descoberto.
   Hoje os dois estão curtindo a aposentadoria, andando de mãos dadas pelas praias desse Brasil, e com outro dilema “O amor não tem hora para ser descoberto”.

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