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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sacrifício para um amor


   Hoje é o dia, contarei de minha agonia, do amor enclausurado que por ela tenho alimentado. Durante muito tempo tento lhe mostrar esse sentimento, que agora neste momento desabrocha de meu peito e vi que não tem jeito será agora o fim do enclausuramento.
  Diante dela meu coração congela, ao mesmo tempo aquece, e a minha mente as palavras esquecem. Entrego-lhe a flor, símbolo de meu amor, a palavra que se formou não a contentou, e a frase “desculpe mas não” da boca dela soou e minha lágrima incontroladamente vazou, meu mundo desabou, chorando corri, corri, corri.
  Agora eu estava ali, sem saber aonde ir como agir. Na terra vermelha de baixo de uma jaqueira, ajoelhei sem eira nem beira, olho pra frente, tá um sol ardente, da Jaqueira desce uma serpente, sem temer, sem querer viver não saio de sua frente. Não acreditando no que acontecia, a serpente me dizia de uma maneira que eu viveria, não só viveria, mas sim seria amado por aquela que eu teria chorado. Teria que fazer um sacrifício, deixar minha vida de humano e viver a vida de um animal, mas um animal de estimação que teria certeza que ela daria atenção. Como eu sabia do animal que ela mais amava, aceitei a proposta da serpente que logo me transformara.
 Noutro dia, fui correndo com alegria, com todo amor que sentia. Chegando a porta da sua casa, fiquei a espera de quem eu mais amava. Assim que ela saiu e me viu, sua boca se abriu, espantada ela sorriu, abaixou e me pegou como seu mais novo cão me adotou.

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