Pegou sua bicicleta e foi, na mochila algumas mudas de
roupas, um tênis, e sem medo foi. Foi conhecer o mundo, conhecer paisagens,
conhecer o mar, conhecer o que não conhecia, foi buscar novos ares, novas
vibrações, foi se libertar do que lhe prendia em seu mundo de regras, de
preconceitos, de grades invisíveis, libertar-se do pode e não pode, do deve e
não deve fazer, foi se livrar um pouco do capitalismo que lhe prendia o
sorriso, do capitalismo que só lhe fornecia o sorriso falso de quem só queria o
seu dinheiro só queria seu suor pouco valorizado ao ver de outras pessoas.
Em sua caminhada só,
não tão só, pois seu violão lhe fazia companhia, seu violão era seu confidente,
sabia de suas dores e suas alegrias. A regra era somente ser feliz, fazer o que
quiser, ganhar seu pão de acordo com seu suor, seu suor agora muito valorizado,
seu sorriso agora verdadeiro, o sorriso que ganha também é verdadeiro, ninguém
tem a obrigação de lhe dar um sorriso. O horizonte era apenas uma meta, podendo
ir se quiser e se quiser ficar também será bem vindo.
Mas ele também chora, ele chora ao por do Sol, quando se
lembra de seu amor lá deixado, naquele mundo capitalista consumindo ela por
inteira, tirando o sorriso lindo que ela portava, deixando ela sem dormir. Ele
em suas orações pede todos os dias por ela.
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