(...)
Mas fiquei inconformado com
aquilo, como assim? Eu querendo ficar em algum lugar? Já tinha passado alguns
dias e eu ainda com Paraisolândia em pensamento, e em minhas mãos aquela
recordação daquele lugar lindo, aquele lugar paradisíaco, aquele lugar que me
encantei.
Não resisti, tive que retornar a
Paraisolândia com a desculpa que iria entregar o que tinha ficado comigo.
Chegando lá reparei que estava uma bagunça, estava tudo fora de ordem, tinha
arvores caídas, pedras por todo lado. Fiquei muito assustado com o que estava
vendo, “Não acredito que está bagunçado esse lugar lindo, quem terá feito
isso?”. E comecei a minha caminhada pela ilha, vendo o que aconteceu, e senti
uma energia de tristeza, de muita tristeza, a confusão na ilha era tão grande
que pássaros andam e cobras voam, estava uma confusão tremenda.
Enfim, cheguei ao “coração” da ilha e a
surpresa! A pedra que antes lá estava já não estava. Eu muito medroso não
entrei naquela gruta, mas fiquei no lado
de fora por perto querendo ver se alguém entrava no coração da ilha, talvez o
antigo morador só desse uma saída e já voltara. E por ali fiquei, fiquei e
fiquei, e nada de entrarem na gruta do coração de Paraisolândia. Até que um
belo dia andando pela ilha observei que já não estava aquela bagunça, e que as
arvores estavam no lugar certo e pássaros voando pelo céu. Lembro-me como se
fosse ontem, passeando pela praia numa noite de lua cheia, observei na areia
que havia algo escrito, “Essa ilha é muito misteriosa” pensei comigo e no chão
de areia estava escrito: “Venha fazer sua morada aqui”, aquilo me arrepia até
hoje quando me lembro desse dia, foi o primeiro dia mais feliz da minha vida.
Hoje moro no coração
de Paraisolândia, posso dizer que esse é o meu lugar, é no coração de
Paraisolândia que fui, sou e serei feliz. Muitos me perguntam se não tenho
vontade de conhecer novas ilhas e paisagens e digo que já encontrei o melhor
lugar do mundo, e que cada dia da minha vida é o dia mais feliz de minha vida.
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